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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Angra: curiosidades sobre a banda


O que eles falam no início de "Carolina IV"?
Quem já prestou atenção no início da Carolina IV deve ter notado que o Angra canta 2 refrões em português, que segundo o Rafael, são:
"Salve salve Iemanjá,
Salve Janaína
E tudo o que se fez n'água
Jogam flores para o mar
Deus salve a Rainha
E o meu passo nessa esfera...
Um caboclo de orixás
Logo deixa a Terra
Vai de encontro à sua sina
Onde o céu encontra o mar
Achará seu porto
E é assim que isso termina...


E o que eles falam no começo de "Unholy Wars"?
"Meu Maracatu é da coroa imperial. É de Pernambuco, ele é da Casa Real"
Estas frases foram tiradas, de uma música de Sebastião Lopes, que se chama Coroa Imperial (Imperial Crown).


Por que a gravação de Holy Land demorou tanto?
De acordo com uma entrevista que o André deu à revista alemã Heavy, Oder Was, eles levaram 8 meses para gravar o novo álbum porque ele teve um problema sério nas cordas vocais após a turnê pela Europa. Ele teve que parar as gravações no verão de 1995 (na Europa) e retornar ao Brasil para tratamento médico. Então, ele voltou à Alemanha e gravou a sua parte novamente. Entre outros boatos sobre este álbum, um deles foi o de que o André foi mixar "Holy Land" no exterior sem o resto da banda e que eles não ficaram muito satisfeitos com o resultado final por ter muito teclado e pouca guitarra. Quem responde é o próprio André: "Não é verdade, pois o resto da banda estava lá no fim da mixagem e eles puderam opinar sobre algumas coisas. Além do que, o resultado final os deixou de boca aberta! Eu também acho que poderia ter pintado mais guitarra. É lógico, sem contar as partes de solo. Também acho que o som de guitarra poderia ter ficado melhor, mais pesado".


O que significa Z.I.T.O?
Esse é um segredo guardado a sete chaves pela banda, o que se sabe ao certo é apenas que “Z.I.T.O” não é uma sigla e sim uma referência a alguém ou algo, mesmo assim existem algumas teorias sobre o significado, veja a seguir:
1) Algo relacionado ao conto "Partida do audaz navegante", de Guimarães Rosa, do livro "Primeiras Estórias".
Já deu pra sacar que o título traz uma forte referência à temática do disco Holy Land. A história, porém, não se trata de um marinheiro que vai embora de casa, e sim dos acontecimentos vividos por uma família do campo numa "manhã de um dia que brumava e chuviscava". O "audaz navegante" é de uma história contada por uma das personagens, uma garotinha chamada Brejeirinha, irmã de Pele e Ciganinha, esta última meio que namorada do primo, chamado Zito!
No decorrer da história, as crianças pedem à mãe para ir ver o "riachinho cheio",e quando chegam, se deparam com "a pequena ANGRA, onde o riachinho faz foz" (é lógico que no texto original a palavra angra não está em maiúsculas). Brejeirinha prossegue com sua história: "O Aldaz Navegante não gostava de mar! Ele tinha assim mesmo de partir? Ele amava uma moça, magra. Mas o mar veio, em vento, e levou o navio dele, com ele dentro, escrutínio.(...)O Aldaz Navegante se lembrava muito da moça. O amor é original..."
Essa passagem lembra muito o final de Carolina IV, o que não pode ser ignorado, já que o Rafael também participou da composição desta e o disco é conceitual. Faz-se também um paralelo entre o amor do "Aldaz" Navegante por sua moça e o amor entre Ciganinha e Zito. Considerando que os dois são adolescentes, a passagem da letra "Like a teenager discovery/ What's more delightful than this?/ Try to remember how good it was/
Feeling the life as it is/To believe" parece trazer uma forte referência.
Voltemos ao conto: quando Brejerinha é intimada por Pele a dar um final a sua história, ela inventa um meio do navegante se salvar "Vou fazer explicação! Pronto. Então, ele acendeu a luz do mar. E pronto. Ele estava combinado com o homem do farol". No entanto, Pele protesta, argumentando que não vale "inventar personagem novo, no fim da estória", e aponta para um monte de ***** de boi dizendo que aquele é o "aldaz navegante". Brejeirinha até concorda, mas coloca alguns gravetos e flores para enfeitar. Quando a chuva começa a engrossar, o rio leva o navegante, depois de cada um da "turma" colocar um pequeno objeto seu. Pode-se perceber uma referência a essa passagem no trecho "Swimming naked of beliefs/ And responsabilities/ Just feel the sea of bliss/ Mother nature brings to me/ In fantastic purity/ Everything I need".
2) Z.I.T.O é o apelido de um Xaman mexicano que os rapazes do Angra conheceram durante a composição do Holy Land, este Xaman não se chamava Raul ( Raulzito )como alguns afirmam, ele usava o apelido de Zito, como respeito a um antepassado chamado Yonezito e o tal Xaman qdo encontrou o Angra, preveu-lhes o destino e também contou tudo sobre seus passados para q acreditassem na sabedoria dele. Dizem que na musica existe evidencias disso.


Curiosidades sobre músicas:


· "Carry On" fala sobre a insegurança e a solidão do mundo de hoje, mas de uma maneira positiva, mostrando as coisas boas da vida e incentivando as pessoas a lutarem contra esses problemas.
· O tema de "Time" é o descobrimento da razão, com um diálogo entre uma pessoa e a sua mente interior. As conclusões dessa pessoa são resumidas no refrão e no título.
· Segundo André Matos, a música "Angels Cry" fala da realidade brasileira, de um país de terceiro mundo. "O choro dos anjos pode muito bem ser o choro de uma criança que passa fome no Brasil", afirma.
· O tema de "Evil Warning" é a idéia da mente humana como um objeto meramente observador. O título simboliza a idéia principal e a música lida com um assunto psicológico complexo.
· Quem é fanático por Gamma Ray tem um motivo a mais para ir atrás do álbum "Angels Cry": Kai Hansen é um dos convidados que tocam no solo de "Never Understand". Os outros convidados são: Dirk Schlachter (também do Gamma Ray) e Sascha Paeth (Heavens Gate - e também co-produtor do álbum, juntamente com Charlie Bauerfeind). E quem toca a bateria em "Wuthering Heights" é Thomas Nack (ex-Gamma Ray).
· A música "Wuthering Heights" é uma cover de Kate Bush. Para quem não sabe, ela conta a história de dois amantes (Heathcliff e Catarina Linton), baseada no livro de Emily Brontë. Quem fala sobre essa cover é o André: "Pessoalmente, sou muito fã da Kate Bush, tenho todos os discos. A idéia da cover foi do Luís, num ensaio. Fizemos primeiro uma versão mais pesada. Na hora de gravar, achamos que essa versão pesada não estava batendo com o clima da original. Dava pra fazer um meio termo. É uma realização gravar essa música. Não só pra expressar a minha admiração por ela. Muita gente achou que nós estávamos tentando nos exibir, que queríamos ser melhor que a Kate Bush, que eu posso cantar naquela altura, mas nada a ver. É uma homenagem".
· O trecho "Unfinished Allegro", que abre "Carry On" faz parte da "Allegro Moderat", uma das composições da "(unfinished) Symphony No. 8" de Schubert.
O trecho clássico de "Evil Warning" (entre 4'12'' e 4'23'') é o final da 1a. parte ("Allegro Non Molto) de "Winter", de Antonio Vivaldi.
E em "Angels Cry" existe um trecho de "Caprice No. 24" em A menor, de Paganini, composto por Rachmaninoff, e o trecho é concluído com menções executadas no piano de "Sonata KV331" e "Alla Turca", ambas de Mozart.
· "Holy Land" foi concebido num sítio, na cidade de Tapiraí, interior de São Paulo, onde o grupo se isolou durante quatro meses para compor e arranjar as dez músicas do CD. Os ensaios foram feitos durante os intervalos de uma turnê da banda na Alemanha, em junho de 1995. As gravações e mixagens tiveram início no final de junho e foram concluídas em três meses, também na Alemanha. Kiko define "Holy Land" como um álbum conceitual, em que todas as músicas tem um elo de ligação entre si: "Nós usamos como tema a época das grandes navegações, tanto que a capa do disco é um mapa antigo, dos tempos do descobrimento. Nós falamos da mistura de raças no Brasil, colocamos elementos típicos do país nas letras. Também fazemos um paralelo entre aquela época, quando um novo mundo estava sendo desbravado, com os tempos atuais, de grandes mudanças, de aldeia global".
· "Crossing" é a única faixa do álbum "Holy Land" que não foi feita pela banda, mas sim por Piero Luigi da Palestrina (compositor italiano cujo trabalho é considerado uma evolução da música sacra ocidental). "Crossing lembra a introdução de um filme, por isso procuramos ser fiéis à versão original para transportar o ouvinte à atmosfera da época de 1400 [o ano];, afirma André.
· Segundo André, "Nothing to Say foi composta durante à primeira turnê Européia, e se eu não me engano foi em Milão. Provavelmente é a faixa mais heavy do disco. É o primeiro capítulo do livro, uma espécie de flash-back do descobrimento da América".
· "Silence and Distance" fala sobre o mar e seus mistérios.
· "Carolina IV" conta a história de um navio de mesmo nome que dá a volta ao mundo. A música acompanha a viagem do navio, e as diferentes passagens musicais narram as diferentes paisagens e lugares por onde o navio passa. "Acredito que "Carolina IV" tem uma sonoridade tipicamente étnico- brasileira, por ser uma narração baseada no speed-metal mas intercalada de momentos instrumentais e clássicos", afirma André. Nela existe uma citação da música "Bebê", de Hermeto Paschoal, que segundo a banda é o maior representante do que é a música brasileira na sua forma mais original. Ainda segundo a banda, "Carolina IV" é música que resume o álbum. Ela contém todos os elementos utilizados na composição do álbum: speed metal, passagens orquestradas, influências latinas e até mesmo batidas tipicamente brasileiras, que chegam a lembrar o "Olodum".
· "Holy Land" narra a imposição da religião dos colonizadores sobre os antigos costumes religiosos brasileiros, baseados em rituais. Ela também fala da cultura africana, que se incorporou à cultura brasileira.
· A música "The Shaman" conta a história de um pajé que tenta ressucitar um guerreiro indígena através de um ritual. Aqueles sons e falas presentes em "The Shaman" foram extraídos de um trabalho de Marcus Pereira sobre sons típicamente brasileiros. Infelizmente, ele fez um mal negócio e acabou perdendo os direitos sobre esse trabalho. A frustração foi tão grande que ele acabou se suicidando. Ele também tinha um selo, onde gravou muitos artistas regionais. Hoje ele é muito respeitado junto ao pessoal de música erudita.
· "Make Believe" fala sobre ambiguidades. É uma mistura da lembrança do passado com a expectativa do futuro.
· "Z.I.T.O." era considerada a música mais rápida do repertório do Angra (até o lançamento de "Fireworks"). Como já foi dito, eles não revelam o que significa o nome da música, "para não influenciar a opinião e a imaginação do ouvinte", mas a música fala sobre o constante aprendizado que a vida proporciona e das intenções de sempre se alcançar novos horizontes.
· No release fornecido à revista francesa "DB - Du Bruit des Bulles", algumas músicas de "Holy Land" possuem títulos diferentes:
o "Pianinho" ou "Across the Sea" foram os primeiros títulos de "Silence and Distance";
o "The Shaman" era originalmente conhecida como "Caetano";
o "Renaissance II" era o nome original de "Deep Blue", pois de acordo com a banda ela é uma continuação de "Renaissance" (Angels Cry). A banda ainda mudou o nome dela para "Sea and Sky" antes de se definir por "Deep Blue".
· E por falar em "Deep Blue", André revela que a influência básica dessa música veio de César Franck, Mahler, e Richard Strauss, por ser uma balada clássica com toques de música sacra e peso metálico orquestral. "Ela fala sobre as revelações de uma pessoa situada no topo de uma montanha ou num barco, com o oceano ao seu redor, tendo apenas o silêncio como seu companheiro. Essa situação me inspirou a chamar a música de "Renaissance", que faz alusão à esse período histórico, marcado pelas grandes descobertas".
· "Lullaby for Lucifer" é uma "canção de ninar" que retrata o duelo entre o bem e o mal.
· O título de "Queen of The Night" é uma alusão à famosa ópera de Mozart "A Flauta Mágica". O tema da música é a "Rainha da Noite", uma entidade imaginária (ou real) que aparece nos nossos sonhos ou delírios.
· O tema de "Reaching Horizons" é a desilusão e a solidão que uma pessoa sente quando alguém querido está distante.
· "Wings of Reality", faixa que abre o Fireworks;, traz uma inovação: é a 1a. vez que a banda abre um disco sem uma introdução instrumental. Quem comenta a respeito é o Kiko: "É uma faixa que o André trouxe já quase que pronta, com bastante teclados. É um speed metal não muito rápido, bem clássico e melódico. Tem um arranjo de orquestrada muito bem construído, com uma parte instrumental bem legal. Remete à algumas coisas feitas em "Holy Land".
· "Já "Petrified Eyes", "Começa com uma parte meio blues, com uma guitarrinha limpa. Depois, entra um 'metalzão' à la Iron Maiden", segundo Kiko.
· "Lisbon", além de ter sido escolhida como a 1a. faixa de "trabalho" do novo álbum, conta a história de uma mendiga. Quem fala sobre ela é o André: "Nós tocamos e, Lisboa na última turnê, mas ficamos pouco tempo na cidade, apenas meio dia. E a gente queria ver um pouco do lugar. Então, depois do show nós fomos dar uma volta. Como era madrugada, estava tudo meio deserto e na porta de uma catedral tinha uma mendiga, cantando uma música. O que ela cantava é o que está na letra de "Lisbon", finaliza. Rafael ainda define "Lisbon" como "uma balada pesada, com arranjos de orquestra. Meio Pink Floyd, meio Faith no More... e meio Queensryche".
· Um fato que ainda merece ser destacadado em "Fireworks" é a gravação de todos os arranjos clássicos do álbum com uma orquestra de 30 músicos. E além disso, as gravações foram feitas no Estúdio No. 2 de Abbey Road (imortalizado pelos Beatles). Quem comenta sobre o Estúdio é o André: "Dá vontade de beijar o chão do estúdio, principalmente porque o chão é o mesmo, as paredes são as mesmas. Você entra e parece que está num velho teatro de escola. É uma sala imensa e alta. E é tudo velho, tudo estragado, com as paredes meio caindo aos pedaços e o chão faltando tacos, mas os caras não deixam consertar porque aquilo é histórico. Mas com tudo isso o estúdio soa bem pra cacete, é um dos melhores para se gravar orquestra, mesmo tendo sido construído em 1930. E a atmosfera é especial. Você nem consegue pensar. Na verdade, emociona ao extremo, principalmete na hora que estava rolando a gravação.", finaliza.



Você sabia que o Angra já teve isqueiro personalizado?


É algo meio "KISSMANIA" mas é verdade! Veja com seus olhos abaixo:




O isqueiro foi desenvolvido pelas gravadora CNR Music, gravadora européia da banda na época, e ficou legal.


Você sabia que a parte musical de "Nova Era" era da banda Symbols?

Edu Falaschi revela em parte da entrevista abaixo:

Fonte: Angra Vilabol

Um comentário:

  1. Man, gostaria de saber onde vc conseguiu essa citação do André Matos sobre a faixa Crossing: "Crossing lembra a introdução de um filme, por isso procuramos ser fiéis à versão original para transportar o ouvinte à atmosfera da época de 1400 [o ano];, afirma André.

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